terça-feira, 31 de março de 2015

Pela primeira vez cientistas demonstraram o entrelaçamento quântico de uma única partícula - um evento que Albert Einstein acreditava ser impossível sob as leis da mecânica quântica contemporânea, chamando o fenômeno de 'ação fantasmagórica à distância'.

Na teoria, o entrelaçamento acontece quando duas partículas continuam conectadas apesar de estarem separadas. Dessa forma, o que acontece em uma partícula é refletido na outra. Por exemplo, um spin no sentido horário na primeira partícula será equivalente a um spin no sentido anti-horário na segunda, com o spin combinado das duas sendo zero. No entanto, medir uma partícula pode ser uma ação sobre ela, que, por sua vez, afetaria a outra partícula. Então seria impossível saber se a ação na segunda partícula é um resultado do entrelaçamento ou da medição.
Mas existia a possbilidade do entrelaçamento quântico acontecer com uma única partícula. Se um único fóton for dividido em duas partículas ainda conectadas, essa conexão é considerada um entrelaçamento. No entanto, a partícula em si nunca é detectada em mais de um lugar - quando medida, sua função de onda entra em colapso.
Isso foi descrito por Albert Einstein há 80 anos em um artigo e se tornou conhecido como o paradoxo "EPR". A conclusão era que o entrelaçamento de uma única partícula é impossível, ou que as definições da realidade física vindas da mecânica quântica estavam erradas.
Mas uma equipe da Universidade de Griffiths demonstrou que esse entrelaçamento não é impossível. Usando uma técnica chamada 'Homodyne Detection', eles dividiram um único fóton entre dois laboratórios e testaram se sua medição de uma parte alterava o status da outra. Dessa forma, eles verificaram o entrelaçamento.
O estudo está online, publicado pela Nature.
Via Cnet

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